Não precisa ser um falante fluente em Francês pra sacar que esse LP tem mais de uma língua, é o “Crioulo”, fusão de línguas nativas, africanas a língua francesa, e esse não é o único toque especial que essa banda nos traz nesse disco!
A banda formada por 5 músicos nascidos em Martinica, Guadalupe e Guiana Francesa traz uma essência africana, num ritmo dançante que hoje chamamos de zouk, mas que também foi chamada de Lambada, salsa, enfim… tudo isso e mais, até porque essa banda representa a diversidade e esse LP, que comprei em BH no famoso MALETA, foi um daqueles presentes que reafirmam a forte influência africana na música mundial e em especial, nas Antilhas!
Com muita guitarra, timbres eletrônicos de bateria, percussão, vocais em coros bem latinos “La Machine Danser” é fácil de se gostar e ficar no Repeat.
Destaque para as faixas A.I.E, Ole Mnbole, J’ai Prie, a faixa titulo do Disco “La Machine a Danser”, “Africa Music” e finalizo com o “De o”, que soa como o Black Spirituals cantado pelos negros norte americanos.
Você talvez fale pra mim que não conhece essa banda, mas já ouviu uma versão brasileira de um dos hit’s de maior sucesso da “La Compagnie”, o pegajoso “é bom para o moral” da Gretchen, que no original é “C’est bon pour le moral”. A mídia e os produtores, usaram e abusaram escondendo, mascarando, coisificaando e também EXOTIFICANDO a música negra mundial com versões literalmente cômicas vendidas pra nós na voz de vários artistas nos anos 90.
Enfim… isso fica pra outra resenha!
Bora bailar, danse, dançar com La Compagnie Créole e nos conectar a essas africanidades Latinas/caribenhas?